À minha... In Memoriam
Tudo que sou atribuo a ela que me trouxe ao mundo e moldou meu
ser para nele viver. Mulher fortaleza, inteligente e perspicaz que nada temia e
o que enfrentava, vencia. Voluntariosa ao se entregar e defender a tudo que acreditava ser
o certo e até sua partida foi por sua vontade, cansou e disse basta e de nada
adiantaram os cuidados a ela dispensados. Não se deixou adoecer, simplesmente
se foi como uma fruta madura que no tempo certo, desprende-se da árvore que a sustenta.
Hoje me vejo nela em muito agir e fazer e o pior, muito do que
nela condenava! Como ela, não sou uma mulher dócil e cordata, nem meiga de voz suave, e eu que
sentia carência de carinhos e afagos, de gestos e de toques delicados!
Quando me percebi igual, foi que entendi de que forma eu fui
amada e acarinhada por ela. Suas lutas pelo bem estar da família, sua dedicação
ao preparar nossas refeições e com criatividade nos tempos difíceis, seu empenho
para melhorar a condição de vida da família e nos transmitir princípios,
rígidos é verdade, mas fundamentais ao ser que se quer formar. Sua alegria nas
pequenas conquistas obtidas com esforço, mas grandes no seu sentir que as
valorizava como se fossem tesouros, era como um acalento. E entendi suas angústias e
crises de revolta que a levava perder a paciência e que tanto me angustiava.
Foi minha mestra nos acertos que assumi para meu viver e nos
erros que me ensinaram a não repeti-los em situações similares. Mas os maiores ensinamentos que ficaram em mim, foi sua Fé que me trouxe a força igual a que ela possuía
e sua solidariedade aos necessitados que de alguma forma podia ajudar.
Pois tudo que vivi com ela foram lições.
Obrigada mãe, hoje afirmo que te amo, amo tua lembrança e amo teus exemplos que faz ser presente, tua ausência. Rogo aos anjos que levem esse tributo até você...
Post Scriptum: Sei que minhas irmãs a sentem também assim...
Post Scriptum: Sei que minhas irmãs a sentem também assim...
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